Cultivo de moluscos é liberado em mais áreas de Florianópolis - SC
05/07/2016 17:49

O cultivo, a venda e o consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões foram totalmente liberados na Serraria e em Barreiros, áreas de São José, na Grande Florianópolis, e Cacupé, Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa e Praia do Forte, na capital. O anúncio foi feito pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca na tarde desta segunda-feira (4).
A proibição em Santa Catarina começou em 26 de maio por causa da presença de uma toxina presente em algas que pode causar intoxicação alimentar. A desinterdição de uma área depende de dois laudos laboratoriais consecutivos. Eles devem mostrar que não há mais a presença da toxina nos moluscos. As primeiras desinterdições ocorreram em 22 de junho.
Atualmente, Santa Catarina é responsável por 95% da produção de todos os moluscos consumidos no Brasil. Em 2014, foram 21.553,6 toneladas. O governo calcula que o lucro anual total dos produtores catarinenses seja equivalente a R$ 70 milhões.
Florianópolis é considerada a maior produtora de ostras, com 2.700 toneladas, bem como de vieiras, 20 toneladas. Já Palhoça detém a maior produção de mexilhões, com 12.600 toneladas.
Locais liberados
Com isso, o cultivo, a venda e o consumo de todos os moluscos estão liberados nas áreas de Cacupé, Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa e Praia do Forte, na capital; Ponta de Baixo, Serraria e Barreiros, em São José; e Barra do Aririú, Praia do Pontal, Praia do Cedro e Enseada do Brito, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
Locais parcialmente liberados
Estão liberadas só para ostras as localidades de Caieira da Barra do Sul, Costeira do Ribeirão, Freguesia do Ribeirão e Barro Vermelho, na capital; Ponta do Papagaio e Passagem do Maciambú, em Palhoça; e Tijuquinhas e São Miguel, em Biguaçu.
Locais proibidos
Conforme a Secretaria, ainda não é possível consumir, vender ou cultivar moluscos provenientes das áreas de cultivo dos municípios de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis; Bombinhas, Porto Belo, Itapema, Balneário Camboriú e Penha, no Litoral Norte; e São Francisco do Sul, no Norte do estado.
Como verificar a procedência
O secretário-adjunto da Agricultura, Airton Spies, afirma que é possível verificar a procedência da ostra consumida, mesmo em outras regiões onde não há cultivo. “O produtor que vende ostras precisa emitir uma guia de transporte animal (GTA) e o sistema só permite a liberação da guia para áreas liberadas. Então, mesmo que seja um restaurante que ofereça numa área que não está liberada, a origem da ostra deve vir com uma guia de transporte animal e uma nota fiscal do produtor oriundos de uma área liberada”, afirmou.
Foto: Epagri/Divulgação
Fonte: Revista Pesca Esportiva